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Moradores da região da "Represa" cobram solução para som alto

Para tentar resolver o problema, que se começou em janeiro deste ano, os moradores procuraram esta semana o Ministério Público

Publicado em 24/05/2022 às 20:29
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Espaço jovem é tomado por pessoas e veículos com sol alto nos fins de semana (Foto: Divulgação)

Os moradores da zona rural na região do Balneário Municipal Ayrton Senna da Silva, popularmente conhecido como Represa, em Caarapó, estão cansados com a poluição sonora registrada no local. Relatos dão conta de que o som alto inicia na quinta-feira e segue até domingo. O barulho ocorre geralmente das 18h às 6 horas.

“É um som alto misturado com bebedeira, arruaça e algazarra. Até mesmo crianças já foram vistas no local. É um verdadeiro tormento para a população”, relata Joaline Feleti Bongiovani, de 35 anos. “O barulho é tão forte que chega a vibrar as vidraças e as telhas de zinco, alterando até mesmo o ciclo de produção avícola e da suinocultura”, completa.

Joaline nasceu e cresceu na região. Ela vive com o marido, uma filha de 11 anos e outra de 1 ano, além dos pais, que realizam tratamento contra o câncer. "Nem quando a represa era ativa, que funcionava normalmente, nunca ultrapassou os horários e nunca foi esse escândalo. Até então nunca tinha chegado ao extremo, como agora".

Já Nilza Ferreira, de 57 anos, mora com o esposo, um filho de 28 anos, uma filha de 23 anos e a sogra de 80 anos. “O som alto não deixa a gente dormir. Minha sogra tem que tomar uma dose alta de remédios para poder dormir. As venezianas aqui em casa tremem tudo. Não conseguimos nem assistir TV. Esses dias eu estava com dor e liguei chorando para a Polícia Militar para ver se eles podiam fazer alguma coisa em relação ao barulho”, comenta.

Para tentar resolver o problema, que se começou em janeiro deste ano, a partir da abertura do espaço jovem, os moradores procuraram esta semana o Ministério Público. “Na segunda-feira procurei o Ministério Público. Hoje (ontem) tivemos um retorno. Fomos informados de que providências serão tomadas. Até então estão buscando todos os meios alternativos para efetivar a solução do nosso problema, pois há muitos vizinhos passando pelo mesmo incômodo”, ressalta Joaline.

De acordo com Joaline e Nilza, uma reunião já chegou a ser feita com o prefeito André Nezzi, porém nenhuma solução efetiva foi adotada. “Nessa reunião com o prefeito ficou acordado de que qualquer insatisfação por parte dos moradores ou vizinhos do balneário era só ligar que ‘ia ser dado um jeito de baixar o som’, mas só ficou na conversa, pois os carros e até mesmo as carretinhas acopladas com sons são comuns e corriqueiros nos fins de semana”, destaca.

Segundo Nilza, a Polícia Militar chega a ser acionada. “A Polícia Militar de Caarapó até tenta, mas os baderneiros reduzem o som quando autoridades chegam, só que depois voltam com som alto”, completa.

A equipe do Portal da Cidade Caarapó entrou em contato com o poder público municipal, através do prefeito André Nezzi. Até o momento da publicação da matéria, nenhum retorno foi recebido.

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