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Crise na saúde

Contas atrasadas de energia elétrica arriscam atendimentos na UPA e no Hospital

Fundação de Saúde da Prefeitura tem dívida de R$ 714 mil de energia

Publicado em 23/02/2021 às 07:21

(Foto: Arquivo)

A Fundação de Serviços da Saúde (Funsaud) de Dourados, responsável pela administração da UPA e Hospital da Vida, acumula dívidas com a concessionária Energisa, de contas não pagas desde março do ano passado. Com multas, juros e correções o valor chega a R$ 714.105,65. Sem nenhuma resposta até agora, a empresa recorreu aos vereadores para ver se encontra uma saída.

Conforme documento ao qual O PROGRESSO teve acesso, devido a recorrente inadimplência das faturas de consumo de energia elétrica, as unidades consumidoras de responsabilidade da Funsaud poderão estar sujeitas à suspensão de fornecimento de energia elétrica.

"A suspensão, por falta de pagamento, do fornecimento de energia elétrica a consumidor que preste serviço público ou essencial à população e cuja atividade sofra prejuízo será comunicada com antecedência de quinze dias ao Poder Público local ou ao Poder Executivo Estadual", assinalou Dian Cleiton de Brito, coordenador da Energisa de Grandes Clientes e de Poder Público.

Embora grande parte da dívida é da gestão passada da prefeitura, a atual gestão ainda não procurou a Energisa. "Por esse motivo, solicitamos a intervenção de Vossa Excelência [vereadores], para que sejam adotadas as providências cabíveis ao presente caso, de modo a evitar que os cidadãos de Dourados e região possam ser prejudicados com a eventual cessação da prestação dos serviços pela entidade, que possam estar associados à suspensão do fornecimento da energia elétrica, em decorrência de inadimplemento que vem ocorrendo desde o mês de março de 2020, totalizando a inadimplência em R$ 635.841,17 até a presente data", avisou o coordenador no documento. O valor frisado por ele não consta os juros, que é de R$ 78.264,48

Ainda conforme Dian Cleiton de Brito, foi oportunizado reiteradas oportunidades de negociação da dívida, com flexibilização do pagamento e isenção de penalidades, porém sem sucesso.

O responsável pela Energisa ainda pediu aos vereadores para que eles possam tomar as providências cabíveis a fim de amparar a regularização dos serviços com a Concessionária, e principalmente, coibir que valores despendidos pela cobrança das penalidades por pagamento em atraso possa acarretar perda significativa de valores que poderiam ser revertidos em melhorias ao próprio hospital, por consequência a população douradense.

O documento foi entregue ao presidente da Câmara, Laudir Munaretto (MDB), que repassou aos demais 18 parlamentares da Casa de Leis. Como a Funsaud é subordinada à prefeitura, caberá aos vereadores buscar o prefeito Alan e ao diretor da Fundação, Milton Júnior, para que encontrem uma solução definitiva para o caso.

Outro lado

Em nota, a prefeitura disse que o diretor da Funsaud, Milton Júnior, reconhece a dívida. Porém, ele destaca, que além das contas não pagas, até um parcelamento que já havia sido negociado no passado, deixou de ser pago. Ele também destacou que assim que novos recursos, que estão sendo negociados, entrarem, a Funsaud também procurará a empresa de energia para fazer uma negociação.


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