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Caarapó
65 anos

História de Caarapó - MS

Caarapó é um município brasileiro da região Centro-Oeste, situado no estado de Mato Grosso do Sul. Localizado na Mesorregião do Sudoeste de Mato Grosso do Sul e na Microrregião de Dourados. Caarapó, a princesinha dos ervais, já não vive mais da erva mate. "Caarapó" é um termo oriundo da língua guarani e significa "raiz de erva mate". Foi assim que nasceu e deu seus primeiros passos o município que hoje é rico e atrativo.

O povoamento da região que hoje constitui o Município de Caarapó foi iniciado pelos “mineiros”, como eram chamados os empregados da Cia. Mate Laranjeira, que se dedicavam à extração da erva-mate nativa, abundante naquelas paisagens. A primeira povoação a surgir teve a denominação de Santa Luzia, atualmente, Juti.

Foi construída pela citada companhia em virtude da necessidade de se estabelecer um ponto de pouso para os tropeiros que demandavam o norte do Estado ou ervateiros que afluiam, em grande número, vindos do Paraguai. Em 1927, nasceu o povoado, atual sede do Município de Caarapó, que teve como fundadores Nazário de Leon e Manoel Benites. Posteriormente, ali se instalou o médico Humberto de Freitas Coutinho, procedente de Uberaba, Minas Gerais, acompanhado do cuiabano Francisco Serejo, homem dedicado ao comércio e à política.

O progresso da região teve por base a extração da erva-mate, pois a Cia. Mate Laranjeira, concessionária da exploração, entregava a terceiros, áreas previamente delimitadas, chamadas sesmarias, onde deveriam construir uma “Rancheada” ou casa sede e uma larga trilha no seio da floresta, para permitir a passagem dos veículos de tração animal, que procediam o escoamento da produção de erva-mate.
Trilhas, conhecidas no vocabulário indígena como “tape-jacienda”, se prolongavam até às margens do Rio Amambaí. Daí por diante, o transporte da erva-mate era efetuado por via fluvial até os centros consumidores. O topônimo de origem tupi-guarani, sobreveio em consequência da grande quantidade de erva-mate existente: CAA, erva-mate e RAPÓ, raiz de erva-mate, em síntese, terra da erva-mate.

Elevado à categoria de município com a denominação de Caarapó, pela lei estadual nº 1190, de 20-12-1958, desmembrado do município de Dourados. Os habitantes se chamam caarapoenses. O município se estende por 2 089,6 km² e contava com 30 174 habitantes no último censo. A densidade demográfica é de 14,4 habitantes por km² no território do município. Vizinho dos municípios de Laguna Carapã, Juti e Fátima do Sul, Caarapó se situa a 45 km a Sul-Oeste de Dourados a maior cidade nos arredores, foi elevado à categoria de município, em 20 de dezembro de 1958 com a denominação de Caarapó, por Lei Estadual nº 1190, desmembrado de Dourados. Com isso, Caarapó passa a ser constituído de 3 Distritos: Caarapó, Cristalina e Nova América.

A história de Caarapó está intimamente ligada à exploração da erva-mate nativa, abundante nesta região de MS no século passado. Depois da erva-mate, Caarapó viveu o ciclo da madeira e da agricultura e pecuária, com a presença de agricultores do Sudeste e do Sul do País – e também dos paraguaios - que foram responsáveis não só pelo desenvolvimento local, mas também pela mistura cultural hoje existente no município, seja nos costumes, na música, na forma de ser do povo que habita o Município.

Passados os ciclos econômicos da erva-mate e da madeira, Caarapó investe hoje em outro setor: a industrialização. O município recebeu importantes investimentos nessa área, que geram reflexos diretos na geração de empregos. Pode-se afirmar que o desemprego deixou de ser de longe o principal problema social enfrentado pelo município.

Caarapó vive um grande momento. O crescimento populacional está ligado diretamente a essa nova fase econômica experimentada pelo município. Em 2005, por exemplo, a população local era de pouco mais de 19 mil habitantes. O IBGE estimou pouco mais de 28 mil pessoas vivendo em Caarapó, mas as autoridades locais já acreditavam que esse número fosse em torno de 30 mil.

A economia de Caarapó é diversificada: polo industrial pujante, agricultura e pecuária, seguidos de comercio varejista. Com certeza as maiores fontes de renda são a agricultura e a indústria. O município tem se tornado referência em saúde, educação e renda per capita, atraindo muitos novos moradores (que vem de grandes centos a procura de emprego) oferecendo, mão de obra especializada para as usinas de cana de açúcar.